Ato em São Paulo solidariza-se com os palestinos de Gaza



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Leia abaixo a declaração da LIT-QI:
Não à matança sionista em Gaza! Escrito por SI da LIT-QI |
Sáb, 17 de Novembro de 2012 01:13 |
A agressão israelense faz parte da chamada Operação Pilar Defensivo, iniciada a partir do lançamento de mísseis ao território israelense por grupos palestinos, aparentemente ligados à Jihad Islâmica. Esta operação, segundo o premiê sionista Benjamin Netanyahu, tem o objetivo de “destruir os arsenais e eliminar os líderes do Hamas”. Atendendo a esta finalidade, o exército israelense atacou até o momento cerca de 600 alvos em Gaza com bombardeios aéreos, artilharia pesada e mísseis terra-ar, causando estragos na população palestina, que se refugia como pode em suas casas. Israel cinicamente diz que ataca “objetivos militares”, quando na verdade atinge casas, escolas, edifícios públicos e ruas movimentadas. A realidade é que Gaza está ardendo e as bombas israelenses caem sem parar por toda a Faixa.
A situação agravou-se quando o exército israelense matou Ahmed Yabari, uma figura política reconhecida e chefe militar do Hamas. Tel Aviv reivindicou esta ação como uma “operação cirúrgica” realizada com apoio da inteligência para liquidar “a linha de comando da liderança do Hamas, bem como sua infraestrutura terrorista”. Este é mais um assassinato seletivo de membros da resistência palestina, como outras centenas de casos onde os nazi-sionistas matam ou encarceram ativistas palestinos a fim de descabeçar a resistência.
O sionismo prepara uma invasão terrestre
Existem fortes elementos que apontam que Israel não se deterá em bombardeios em massa e está preparando uma invasão terrestre. Ehud Barak, ministro de Defesa israelense, ordenou a mobilização de mais de 75.000 reservistas para fazer “com que os palestinos paguem o preço” por seus ataques. Isto teria consequências similares ou piores que a última incursão terrestre, a conhecida Operação Chumbo Derretido em 2008, quando o sionismo matou 1.300 pessoas e deixou milhares de feridos, além de destruir 15% das moradias. Uma invasão militar só aumentaria o massacre do povo palestino, mas seria coerente com a política de extermínio em massa deste povo executado pelo estado nazi-sionista de Israel desde 1948.
O povo palestino resiste com heroísmo
Isto se dá apesar da superioridade militar de Israel que, através de seu sistema antiaéreo Iron Dome, interceptou 192 foguetes lançados de Gaza.
Obama apoia Israel incondicionalmente
O imperialismo norte-americano, como não poderia deixar de ser, colocou-se completamente do lado de seu enclave militar no Oriente Médio. De Washington, o governo de Obama apoiou categoricamente o “direito de Israel se defender”. “Condenamos energicamente o vendaval de mísseis de Gaza lançados ao sul de Israel”, declarou o Departamento de Estado norte-americano. Esta é a forma pela qual o imperialismo sempre deu aval à usurpação dos territórios e ao assassinato sistemático do povo palestino pelas mãos do sionismo.
O papel de Morsi e da Irmandade Muçulmana
A Irmandade Muçulmana, da qual o Hamas se considera seu “braço palestino”, também convocou manifestações na capital egípcia e declarou que “o mínimo que o governo pode fazer é cortar todas as relações com o estado sionista, já que o Estado egípcio precisa servir de modelo para os árabes e os muçulmanos”.
Morsi vê-se obrigado a tomar estas ações, que são muito mais um golpe de efeito do que medidas efetivas, para não se queimar com o povo egípcio e com as massas árabes de conjunto, que historicamente apoiam a causa palestina e condenam a existência de Israel. De fato, em vários países da região como o Irã, Paquistão e Turquia, deram-se manifestações maciças condenando os ataques sionistas.
É preciso exigir que Morsi rompa relações diplomáticas e comerciais com Israel e com os EUA, começando pela anulação do tratado de paz com o enclave sionista assinado em 1979.
A traição de Abbas e da Al Fatah
Por sua vez, Mahmud Abbas, o presidente da Administração Nacional Palestina (ANP) e líder da Al Fatah, limitou-se a exigir um “cessar fogo” e pedir reuniões “de urgência” à Liga Árabe e ao Conselho de Segurança da ONU.
Não se pode esperar mais nada dessa direção tão fantoche de Israel quanto dos EUA e que em mais de uma ocasião traiu abertamente as reivindicações históricas do povo palestino.
Pela defesa de Gaza e apoio incondicional à resistência palestina!
A LIT-QI condena este ataque de Israel e se coloca de forma incondicional ao lado da resistência palestina e pela defesa de Gaza. Neste sentido, é necessário impulsionar a mais ampla mobilização e solidariedade internacionais, começando pelos países do mundo árabe, para exigir o fim imediato dos bombardeios, o levantamento total do bloqueio à Faixa de Gaza e a abertura dos postos fronteiriços.
É fundamental que todas as organizações sociais, de direitos humanos e da esquerda se pronunciem contra os ataques sionistas e que iniciemos uma campanha de apoio a Gaza e à resistência palestina.
Devemos exigir aos governos de todo o mundo, sobretudo aos do Oriente Médio, que rompam relações diplomáticas e comerciais com o regime nazi-sionista de Israel, bem como o envio de armas e qualquer tipo de ajuda material à resistência palestina que enfrenta os ataques de Israel.
A barbárie israelense na faixa de Gaza demonstra que não pode existir paz no Oriente Médio nem direitos para o povo palestino enquanto o Estado de Israel existir. Daí a necessidade urgente de manter e fortalecer a campanha permanente de boicote a Israel, na perspectiva da destruição desse enclave militar do imperialismo.
Tudo isto no marco de que a única maneira de defender realmente os direitos do povo palestino é lutar pela destruição do Estado de Israel e pela construção de um Estado Palestino laico, democrático e não racista, em todo o território histórico da Palestina.
Secretariado Internacional
16 de novembro de 2012
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