Após
cumprir uma suspensão de 60 dias, com corte de salários e direitos, a
professora Sandra Fortes retornará ao trabalho no próximo dia 3 de julho.
Sandra é presidente do diretório municipal do PSTU, diretora da Atraspacts
(Associação dos Trabalhadores da Prefeitura de Taboão da Serra) e membro da
executiva da Subsede da Apeoesp Taboão.
A
punição, ordenada pelo Secretário da Educação de Taboão da Serra, João Medeiros,
a mando do prefeito Fernando Fernandes (PSDB), foi aplicada mesmo após os
depoimentos das testemunhas no processo administrativo comprovarem que as
acusações contra a professora são completamente falsas.
O que confirma nossa avaliação de que não se deveria depositar nenhuma confiança na comissão processante nomeada pelo prefeito, que é o principal acusador e quem detém a última palavra em relação ao processo. O veredito injusto contra Sandra Fortes só confirma que o processo foi uma fraude montada para perseguí-la, com o objetivo de intimidar a luta do funcionalismo municipal e calar a voz dos trabalhadores da cidade que lutam por seus direitos. Uma perseguição política que evidencia também o caráter machista e racista dos “senhores da cidade” que não toleram ser desafiados por uma liderança negra e feminista.
O que confirma nossa avaliação de que não se deveria depositar nenhuma confiança na comissão processante nomeada pelo prefeito, que é o principal acusador e quem detém a última palavra em relação ao processo. O veredito injusto contra Sandra Fortes só confirma que o processo foi uma fraude montada para perseguí-la, com o objetivo de intimidar a luta do funcionalismo municipal e calar a voz dos trabalhadores da cidade que lutam por seus direitos. Uma perseguição política que evidencia também o caráter machista e racista dos “senhores da cidade” que não toleram ser desafiados por uma liderança negra e feminista.
A
punição a Sandra Fortes não é um fato isolado, é parte de um conjunto de
medidas repressivas que vem sendo tomadas pelos governos contra as lutas dos
trabalhadores: o massacre de Beto Richa (PSDB) aos professores do Paraná; a
proibição dos comandos de greve visitarem as escolas, o corte de ponto dos
professores grevistas e a demissão dos 42 metroviários na greve do ano passado,
impostas por Alckmin (PSDB) em São Paulo; a sentença judicial que obrigou os
servidores e professores de Itapecerica da Serra a manter 80% de funcionamento
das repartições públicas, inviabilizando sua greve; o despejo violento dos sem
teto da ocupação Mandela, em Osasco, apenas para citar os casos mais próximos e
recentes. O alvo principal desta repressão são as novas lideranças que lutam
para construir uma alternativa independente dos patrões e dos governos,
enfrentando a burocracia sindical encastelada em sindicatos como o SindTaboão,
que se tornou um mero braço do governo do PSDB.
A
repressão aumenta no mesmo ritmo dos ataques aos nossos direitos promovidos
pelos governos dos patrões, desde Dilma até os governadores e prefeitos de
todos os partidos governantes (PT, PMDB, PSDB, PSB, etc). Estão aí as leis de
Dilma que atacam nossa aposentadoria, pensões, seguro desemprego, abono
salarial e que ampliam a terceirização e a precarização. Estão aí os cortes de
recursos da Educação, Saúde, Moradia e outros setores vitais para a classe
trabalhadora, dinheiro público que é desviado para o bolso dos grandes
capitalistas, a começar pelos banqueiros e agiotas da dívida pública. Os
governadores e prefeitos de norte a sul de país seguem à risca o exemplo do
governo federal. O poder legislativo e a “Justiça” não tem nenhuma independência
e são apenas instrumentos a serviço do poder executivo. E estes ataques
acontecem justamente no momento em que os trabalhadores mais necessitam dos
benefícios e direitos trabalhistas para enfrentar a crise criada pelos
capitalistas e seus governos corruptos.
É
isto o que vem fazendo o prefeito de Taboão, Fernando Fernandes, que segue
ignorando a data base do funcionalismo (como vem acontecendo há 19 anos) e descumprindo
compromissos como o pagamento do Vale Transporte. Neste ano, o prefeito já fez
dois grandes ataques aos direitos do funcionalismo municipal: cortou
arbitrariamente o direito adquirido à insalubridade e mudou as regras do
recolhimento previdenciário, causando uma redução dos benefícios da
aposentadoria e colocando em risco o caixa do TaboãoPrev.
A
repressão a Sandra Fortes tem como objetivo amedrontar o funcionalismo para que
não lute em defesa dos seus direitos e salários.
O
PSTU faz um chamado a todos os trabalhadores e trabalhadoras, em particular ao
funcionalismo municipal de Taboão, a que não se deixem amedrontar pelo governo
e que sigam o exemplo das inúmeras categorias em luta pelo país. É hora de
organizar uma nova greve unificada do funcionalismo municipal e de exigir dos
sindicatos e centrais sindicais pelegos e governistas da CUT, Força Sindical,
UGT, CTB e outros que rompam com os patrões e os governos e atendam ao chamado
da CSP-Conlutas pela realização de uma Greve Geral contra as demissões e em
defesa dos nossos salários e direitos.
A
punição injusta a nossa camarada não nos calará, nem amedrontará. O PSTU segue
firme na luta junto à nossa classe.
Nota
do PSTU de Taboão da Serra (27/6/2015)
Nenhum comentário:
Postar um comentário