Os
professores e professoras da rede estadual de SP estão em greve em defesa do
salário, emprego e condições de trabalho. O PSTU participa ativamente desta
luta.
Esta
greve se soma a várias outras em todo o país, como a dos professores do Paraná
e Distrito Federal, dos garis e operários do Comperj no Rio de Janeiro, dos
metalúrgicos da VW e da GM, etc que estão enfrentando uma política unificada de
todos os governos, sejam de “esquerda” ou de direita, que descarregam a crise
econômica nas costas dos trabalhadores, com arrocho salarial, demissões e corte
de direitos, o chamado “ajuste”.
No
estado de SP, as condições salariais e de trabalho dos trabalhadores da
educação pioraram com o corte de R$ 1,2 bilhões das verbas da Educação e a
demissão de 21 mil professores/as feito por Alckmin, seguindo o exemplo de
Dilma que cortou R$ 7 bilhões da Educação no orçamento federal. Nos municípios
é a mesma coisa. O prefeito de Taboão, Fernando Fernandes (PSDB) acaba de
cortar o adicional de insalubridade dos operários da Usina (que cuidam da
infraestrutura da cidade) e o funcionalismo municipal segue sem reajuste
salarial, sem vale transporte e vários outros benefícios. O prefeito tucano
segue o exemplo de Dilma que cortou a pensão das viúvas trabalhadoras,
dificultou o recebimento do seguro desemprego e do PIS e quer dificultar ainda
mais o direito de aposentadoria. No Embu, o prefeito Chico Brito (PT) e os
políticos da Câmara Municipal, seguindo o exemplo de Dilma que decretou um
aumento abusivo das tarifas de energia elétrica, já decretaram o aumento da
tarifa do transporte coletivo para R$ 2,90, o que nos obrigará a gastar ainda
mais dos nossos arrochados salários num transporte sucateado.
Esta
realidade mostra que apesar de estarem brigando pelo poder, o PT de Dilma e o
PSDB de Alckmin estão unidos na hora de aplicar a política de “ajuste” contra
os trabalhadores para salvar os lucros dos grandes empresários e banqueiros
nacionais e estrangeiros. PT e PSDB estão juntos também para transformar em
“pizza” as investigações sobre a corrupção, porque todos eles estão atolados no
mar de lama dos escândalos como o da Petrobras, Metrô de SP, HSBC, etc, o
verdadeiro “balcão de negócios” entre empresários e partidos governistas que
rouba os recursos públicos.
A
crise econômica, social e política se aprofunda no Brasil. Após doze anos de governos do PT em aliança
com partidos burgueses (PMDB, PSB, PP, PDT e outros), os trabalhadores começam
a tomar consciência de que Dilma governa para os ricos e contra os
trabalhadores. A direita, liderada pelo PSDB, DEM, Solidariedade e outros
partidos patronais se aproveita da crise do governo Dilma para tentar voltar ao
poder, levantando a bandeira do impeachment.
Os
trabalhadores não podem ficar perdidos no meio deste fogo cruzado do PT e do
PSDB, nem podem se deixar usar como massa de manobra, como aconteceu nos atos
de 13 e 15 de março. Para nós trabalhadores não interessa nem defender o
governo Dilma, nem apoiar a volta da direita patronal ao poder. Temos que
avançar em direção a um governo que realmente defenda e amplie nossos direitos:
um Governo dos Trabalhadores sem patrões. Neste caminho, é preciso fortalecer as
nossas lutas unificando-as numa Greve Geral para derrubar o “ajuste” de Dilma,
Alckmin e demais governos em todo o país.
O
maior obstáculo que temos de enfrentar para a unificação de nossas lutas é a
burocracia sindical que controla a maioria dos sindicatos através da CUT, CTB, Força Sindical e outras entidades que estão
atreladas aos governos do PT ou da direita. Um exemplo disso é a direção da
Apeoesp, que tentou usar os professores como massa de manobra de apoio ao
governo Dilma na assembleia de 13/3. Mas, é possível furar o bloqueio das
direções governistas e impor a soberania da base, como fizeram os motoristas e
cobradores de ônibus de São Paulo no ano passado, que seguiram em greve contra
o acordo traidor feito pelo sindicato; e
também os operários do Comperj que montaram um Comando de Base para dirigir a
sua greve. O PSTU exige destas direções sindicais que rompam com o governo
Dilma e com os governos da direita e venham organizar as lutas dos
trabalhadores e convocar a Greve Geral.
Convidamos tod@s a participar de uma palestra
do nosso partido onde discutiremos com maior profundidade as questões colocadas
neste panfleto e a política do PSTU para levar os trabalhadores à vitória
contra o capitalismo que cada vez mais nos explora e oprime.
PARTICIPE
DAS PALESTRAS DO PSTU:
TABOÃO DA SERRA:
Dia 28/3, sábado, 10h, na Subsede da Apeoesp, Rua Jovina de Carvalho Dáu, 125,
centro, Taboão.
EMBU DAS ARTES:
Dia 29/3, domingo, 15h, na Rua Elisabete, 91, Santo Eduardo, Embu das Artes.
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