domingo, 15 de maio de 2016

Camponeses acampam em frente ao Congresso Nacional contra os ataques do governo Cartes

Há mais de um mês, em Assunção, camponeses estão acampando em frente ao Congresso Nacional contra o governo Cartes que endurece o saque e a exploração de pequenos agricultores empobrecidos e excluídos do país. Cartes e os parlamentares a ele ligados mostram-se muito generosos para a minoria capitalista do agronegócio, cada vez mais rica, protegendo e promovendo o modelo de monocultura de soja para exportação. O governo se recusa a tributá-los e visa exterminar o campesinato como um setor social, aprofundando o processo de descamponeização e liquidação dos camponeses e da agricultura familiar indígena. Ou seja, a perseguição aos setores de menor renda ocorre ao mesmo tempo em que é dada a “anistia” aos empresários ricos e donos do país.
As consequências do tipo de produção da monocultura são fatais para a grande maioria da população, para o desenvolvimento econômico, alimentar e da soberania territorial. O governo não esta interessado em um modelo de agricultura que priorize a produção de alimentos saudáveis; da agricultura para cuidar e preservar a terra, evitando a desertificação; da agricultura que se opõem a monocultura e se recusa a usar pesticidas ou sementes geneticamente modificadas.
A terra não é uma mercadoria, é um direito, um bem social, é um meio de produção necessário pelo agricultor para produzir alimentos para  os moradores da cidade. A reforma agrária é urgente e necessária e pode, e deve, resolver os grandes problemas sociais do país, como a pobreza, o desemprego, a descompressão de favelas nas cidades, diminuir a taxa de criminalidade e ao problema da migração em massa para as cidades, com liquidação e consolidação das famílias rurais no campo.

Expressamos nossa solidariedade com as reivindicações levantadas pelo campesinato empobrecido e pelas cooperativas. As reivindicações dos camponeses e cooperativas são muitas, dentre elas, protestam contra a eliminação de pequenos produtores camponeses; pelo perdão da dívida para não perderem suas terras e suas vidas. Condenamos o saque brutal e a opressão a que o governo antidemocrático de Cartes submete o povo trabalhador!

Fazemos um chamado para os setores do povo trabalhador a unir forças e avançar para uma Greve Geral com Jornada Nacional de Protestos que ponham um “Basta!” à ofensiva neoliberal do governo de Cartes.


Em abril de 2016, estivemos no Paraguai. Assista abaixo o vídeo com a entrevista realizada com uma das lideranças:


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