Há mais de um mês, em Assunção,
camponeses estão acampando em frente ao Congresso Nacional contra o governo
Cartes que endurece o saque e a exploração de pequenos agricultores
empobrecidos e excluídos do país. Cartes e os parlamentares a ele ligados mostram-se
muito generosos para a minoria capitalista do agronegócio, cada vez mais rica,
protegendo e promovendo o modelo de monocultura de soja para exportação. O
governo se recusa a tributá-los e visa exterminar o campesinato como um setor
social, aprofundando o processo de descamponeização e liquidação dos camponeses
e da agricultura familiar indígena. Ou seja, a perseguição aos setores de menor
renda ocorre ao mesmo tempo em que é dada a “anistia” aos empresários ricos e
donos do país.
As consequências do tipo de produção da
monocultura são fatais para a grande maioria da população, para o
desenvolvimento econômico, alimentar e da soberania territorial. O governo não
esta interessado em um modelo de agricultura que priorize a produção de
alimentos saudáveis; da agricultura para cuidar e preservar a terra, evitando a
desertificação; da agricultura que se opõem a monocultura e se recusa a usar
pesticidas ou sementes geneticamente modificadas.
A terra não é uma mercadoria,
é um direito, um bem social, é um meio de produção necessário pelo agricultor
para produzir alimentos para os moradores
da cidade. A reforma agrária é urgente e necessária e pode, e deve,
resolver os grandes problemas sociais do país, como a pobreza, o desemprego, a
descompressão de favelas nas cidades, diminuir a taxa de criminalidade e ao
problema da migração em massa para as cidades, com liquidação e consolidação
das famílias rurais no campo.
Expressamos
nossa solidariedade com as
reivindicações levantadas pelo campesinato empobrecido e pelas cooperativas.
As reivindicações dos
camponeses e cooperativas são muitas, dentre elas, protestam contra a
eliminação de pequenos produtores camponeses; pelo perdão da dívida para não
perderem suas terras e suas vidas. Condenamos o saque brutal e a opressão a que
o governo antidemocrático de Cartes submete o povo trabalhador!
Fazemos
um chamado para os setores do povo trabalhador a unir forças e avançar para uma
Greve Geral com Jornada Nacional de Protestos que ponham um “Basta!” à ofensiva
neoliberal do governo de Cartes.
Em abril de 2016, estivemos no Paraguai. Assista abaixo o vídeo com a entrevista realizada com uma das lideranças:
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