segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Antônio Florentino: Escola modelo de repressão, autoritarismo e empenho na aplicação da reestruturação de Alckmin/Herman

A gestão da escola Antônio Florentino não respeita a democracia do Conselho de Escola desde sempre. Assim como o Governo Alckmin, é um grande exemplo do autoritarismo, repressão e perseguição àqueles que lutam.



Repressão e perseguição ao movimento que está lutando contra a reestruturação

Após um ato que ocorreu no dia 09/10/15, em que estavam presentes cerca de 30 pais, estudantes e professores da Escola EE Antônio Florentino, em Itapecerica da Serra, representando uma parte considerável do total dos manifestantes, a Vice-diretora chamou a supervisora de ensino, alegando “estar preocupada com a segurança dos alunos” que estavam indo à manifestação.


“Isto é, uma evidente contraofensiva ideológica e intimidação dirigida àqueles que estão lutando contra os ataques que cerceiam o direito de tod@s a ter uma educação pública de qualidade.”



No dia seguinte, a Supervisora com a Vice-diretora chamaram os estudantes que foram à manifestação de sala em sala, identificando-os por fotos tiradas no ato. Colocaram-nos em uma sala e disseram, segundo relatos dos próprios estudantes, “que as manifestações não iriam adiantar nada; que a escola deles nem vai ser fechada; que eles estavam correndo risco de vida, caso algum motorista revoltado jogasse o carro contra os manifestantes etc”. Isto é, uma evidente contraofensiva ideológica e intimidação dirigida àqueles que estão lutando contra os ataques que cerceiam o direito de tod@s a ter uma educação pública de qualidade. Os estudantes revoltados chamaram o professor que ajudou na organização do ato, que imediatamente foi conversar com a Supervisora e a Vice-diretora junto aos alunos. Nesta conversa, diante de risadas debochadas da Vice-diretora, a Supervisora ameaçou o professor dizendo: “Você está levando menores de idade para manifestações, você sabe que isso pode dar processo?”.


Vale lembrar que a mesma preocupação não foi manifestada pela Gestão e pela Supervisão em relação a um professor que colheu autorizações dos pais para levar os estudantes ao Hopi-Hari, nem em relação ao perigo que os estudantes da escola correm todos os dias, quando atravessam uma rua movimentada e sem sinalização e faixa de pedestre a caminho da escola todos os dias. O que deixa evidente que a única e exclusiva preocupação deles é fazer parar a mobilização e calar a voz de indignação diante de salas superlotadas, fechamento de períodos e escolas, falta de materiais escolares e um grande etc. de descaso com a educação pública.


Diante de uma grande aula de consciência crítica e disponibilidade de luta protagonizada pelos alunos, o que realmente está preocupando a gestão desta escola e a supervisão de ensino é o medo dos alunos continuarem se mobilizando e lutando contra as mazelas e desmandos que ocorrem na escola e nessa sociedade, governada pelo conjunto de governos do PT, PMDB e PSDB, que juntos aplicam o pacote de ajuste fiscal, cortando custos da educação e da saúde, precarizando ainda mais esses serviços essenciais à vida, demitindo trabalhadores e retirando seus direitos.

Mas os estudantes e o professor não se intimidaram. A resposta dos estudantes, pais e do professor foi construir um ato ainda maior no dia 20/10/15. Mas a Vice-diretora, não satisfeita com a já citada tentativa de intimidação dos estudantes e do professor, no dia 21/10/15, um dia após o ato, entregou aos estudantes uma convocação para os pais comparecerem já no dia seguinte (22/10/15) à escola, ameaçando dessa vez os pais de sofrerem penalidades perante a lei, caso não comparecessem. Ou seja, como não conseguiram intimidar os estudantes e o professor, agora tentaram incomodar e intimidar os pais, na tentativa de fazê-los parar de assinar as autorizações que permitem os estudantes irem às manifestações. Mas a tentativa foi frustrada pelos próprios pais, que demonstraram todo apoio, parabenizando o professor e os estudantes pela aula de disponibilidade de luta e consciência crítica. Disseram também que aquela escola deveria estar inteira apoiando o professor e os estudantes na luta contra a reestruturação do governo, em vez de estar dizendo que não tem nada a ver com as manifestações.

Portanto, o movimento contra a reestruturação se fortalece diante de tantas vitórias impostas aos exemplares agentes do governo Alckmin e contra seus ataques à escola pública. Como sintetizou perfeitamente a tia de uma estudante convocada:


“Sair de uma reunião em uma ESCOLA que convoca os pais pra dizer que não tem nada a ver com as manifestações promovidas pelos alunos e um único PROFESSOR, contra o absurdo que o Governador pretende fazer nas escolas, e ouvir que essa ESCOLA não vai se posicionar a respeito, nem tampouco apoiar, é no mínimo frustrante... Querem a todo custo podar os galhos que crescem em jovens que estão acordando... Querem calar a voz daqueles que não aguentam mais ficar em silêncio... Querem que a gente se f...”

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